quinta-feira, 28 de abril de 2011

Quando eu era criança


eu achava que dormir a tarde era uma coisa fútil, que dormir até meio dia era coisa de gente velha e que dormir 12 horas ao invés de 8 era perda de tempo. Brincar e sentir a vida fluir era mais aproveitável, achava também que enquanto todo mundo dormia, eu era a única que aproveitava e "tirava" tudo do mundo em uma noite só. Agora eu não sei o que fazer com minhas noites, eu rezo pra que o sono chegue em todas os minutos e tardes pra que eu possa me desligar disso tudo. Eu acho que enquanto durmo e o mundo se destroe, sou a única que fica sem culpa de nada por algumas horas. Quando eu era criança choramingava, brigava,  para não tomar banho, hoje o banho é meu ponto de salvação de consciência. Meio ridículo, mas real. Me sinto bem e dou um jeito de programar minha mente para que eu pense que com a água, toda a futileza das pessoas vá embora pelo ralo também. Eu tenho raiva de crianças. Tenho raiva da inocência delas, tenho essa raiva e essa inveja misturadas. Eu queria ser inocente.

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